A esperança cristã se desenvolve através das experiências humanas, por isso, é importante favorecer aquilo que pode permitir o crescimento de uma verdadeira esperança e lutar contra o que pode afundá-la.
7.1 Despertar a confiança
Cultivar um otimismo sadio, sem ingenuidade e sem esquecer os problemas e dificuldades, é uma maneira cultivar a esperança. Motivar as pessoas, ajudando-as a encontrar estímulos que a impulsionem a atuar, crescer, empreender novas tarefas e propor-se novas metas são maneiras positivas de cultivar esperança.
Todos podemos ser estímulo e fonte de esperança para os demais. Toda graça que recebemos pode converter-se em graça para os demais. Estamos chamados a ser graça para os outros. Trata-se de viver, atuar e ser de tal maneira que seja uma sorte encontrar-se conosco.
Uma maneira de começar é não fazer a vida mais difícil e dura do que já é, para ninguém. Que a vida seja melhor, mais humana, mais suportável ali onde eu esteja, onde eu atue, fale ou mova-me. Saber criar por onde eu passe, um clima no qual seja mais possível a esperança.
Devemos nos lembrar sempre que a bondade de Deus manifesta-se, sobretudo, através da bondade dos homens.
7.2 O desenvolvimento de uma atitude positiva
A pessoa sem esperança tende a adotar uma atitude negativa; a pessoa toda se faz negativa: seu olhar, sua inteligência, seus sentimentos, suas atitudes.
É preciso que essa pessoa introduza em sua vida um olhar diferente, uma valorização e um apreço positivo das pessoas, das coisas e dos acontecimentos. Necessita encontrar-se com pessoas que vivam positivamente e saibam apreciar e olhar a vida com olhos mais confiante; pessoas que a ajudem a descobrir que a vida não se reduz a esse problema, que a vida é sempre mais. Que ela pode, ao invés de ver a vida toda a partir daquele problema concreto, vê-lo a partir da profundidade da vida toda.
Aqui é onde a pessoa que crê pode ajudar a curar a desesperança. "Nós sabemos que, em todas as coisas, Deus intervém para o bem dos que o amam (Rm 8, 28). Nossa vida não é alheia a Deus. Não há nenhum sofrimento ou fracasso, nenhuma solidão, traição ou pecado, fechado ao amor ou à graça de Deus.
A partir da fé pode-se ajudar as pessoas a ampliarem seu olhar; junto a pensamentos negativos e danosos, podem brotar pensamentos mais amáveis e nobres; junto a sentimentos tristes e derrotistas, podem nascer outros mais luminosos e pacificadores; junto a avaliações mais duras e implacáveis, pode haver atitudes mais compreensivas e flexiveis; junto a decisões complicadas podem suscitar-se determinações mais nobres e dignas.
Temos que exercitar-nos mais em descobrir o positivo da vida das pessoas e dos acontecimentos. O negativo é mais cômodo e fácil de ressaltar; o positivo exige mais esforço, mais atenção e mais fé. Contagiar olhar positivo, pensamentos, sentimentos, atitudes positivas é gerar esperança.
7.3 A acolhida mútua, fonte de esperança
As pessoas que sabem acolher semeiam esperança ao seu redor.
A acolhida mútua, o partilhar de maneira positiva as dificuldades da existência geram esperança. Se soubermos estar junto à pessoa que sofre e partilhar suas preocupações, se essa pessoa souber que, pelo menos junto de nós pode estar segura e manifestar-se como é; sabendo-se aceita, lentamente a esperança será despertada nela, crescerá sua confiança na vida, ela pode abrir-se a caminho para o Deus da esperança.
Esta acolhida não é questão de técnicas ou destrezas aprendidas. É uma maneira de ser, de viver, de não passar distante de quem necessita de nós. É uma maneira de dar um rosto histórico ao Deus invisível e misterioso, que é acolhida infinita e insondável.
7.4 A compreensão e a oferta de futuro
A verdadeira acolhida implica uma atitude de compreensão, de empatia, de maneira que quem se sente desesperançado possa sentir que será compreendido. Esta atitude gera esperança.
É preciso começar por não depreciar ninguem, sequer interiormente. Saber compreender. Lembrar sempre que as pessoas não necesseitam de nossa crítica, mas de força para mudar.
É necessário perguntar-nos o que podemos fazer para humanizar a vida, para introduzir uma qualidade nova nessa pessoa, nessa sociedade. As pessoas, mais do que nossa condenção, necessitam de nossa ajuda.
A atitude mais humana e humanizadora é: crítica exigente em meio à sociedade, perdão e oferta de reabilitação a cada pessoa. Uma sociedade não se renova nem cresce em esperança apenas atirando pedras sobre os culpados.
*Fragmentos do livro Es bueno creer. Para uma teologia de la esperanza - José Antonio Pagola
7.3 A acolhida mútua, fonte de esperança
As pessoas que sabem acolher semeiam esperança ao seu redor.
A acolhida mútua, o partilhar de maneira positiva as dificuldades da existência geram esperança. Se soubermos estar junto à pessoa que sofre e partilhar suas preocupações, se essa pessoa souber que, pelo menos junto de nós pode estar segura e manifestar-se como é; sabendo-se aceita, lentamente a esperança será despertada nela, crescerá sua confiança na vida, ela pode abrir-se a caminho para o Deus da esperança.
Esta acolhida não é questão de técnicas ou destrezas aprendidas. É uma maneira de ser, de viver, de não passar distante de quem necessita de nós. É uma maneira de dar um rosto histórico ao Deus invisível e misterioso, que é acolhida infinita e insondável.
7.4 A compreensão e a oferta de futuro
A verdadeira acolhida implica uma atitude de compreensão, de empatia, de maneira que quem se sente desesperançado possa sentir que será compreendido. Esta atitude gera esperança.
É preciso começar por não depreciar ninguem, sequer interiormente. Saber compreender. Lembrar sempre que as pessoas não necesseitam de nossa crítica, mas de força para mudar.
É necessário perguntar-nos o que podemos fazer para humanizar a vida, para introduzir uma qualidade nova nessa pessoa, nessa sociedade. As pessoas, mais do que nossa condenção, necessitam de nossa ajuda.
A atitude mais humana e humanizadora é: crítica exigente em meio à sociedade, perdão e oferta de reabilitação a cada pessoa. Uma sociedade não se renova nem cresce em esperança apenas atirando pedras sobre os culpados.
*Fragmentos do livro Es bueno creer. Para uma teologia de la esperanza - José Antonio Pagola