Algumas tarefas da esperança na sociedade atual
Reunião do dia 30 jul. 2011
Reunião do dia 30 jul. 2011
Os cristãos foram acusados de ter posto seus olhos na outra vida e terem se esquecido desta. Contudo, a esperança na "nova criação" consiste, precisamente em buscar e esperar a plenitude e realização total desta terra. Ser fiel ao "futuro final", querido por Deus, é ser fiel a este mundo até o final, sem desesperar de nenhum anseio e sem frustrar nenhuma aspiração verdadeira humana.
Tarefas da esperança cristã hoje:
Abrir horizonte: a vida é muito mais que esta vida; a realidade é mais complexa e profunda do que nos quer fazer crer o realismo; as fronteiras do possível não estão determinadas pelos limites do presente. O futuro do ser humano está sendo gestado no meio da história, as vezes absurda e mediocre que levamos.
O cristão realista e lúcido aproxima-se da realidade como algo inacabado e a caminho; não aceita as coisas como são, mas como deverão ser.
Criticar a absolutização do presente: quem ama e espera o futuro de Cristo não pode conformar-se com a realidade tal como está hoje. A esperança introduz contradição com a realidade presente, era protesto, desperta da apatia e da indiferença próprias do homem contemporâneo; desinstala. Sempre é possível transformar a realidade em algo mais parecido ao que será a "nova humanidade".
Introduzir sentido humano no progresso: a crítica da esperança a este mundo injusto não é um não de mera existência em meio à covardia geral dos "escravos satisfeitos". É um não construtivo que nega o presente para construir uma realidade distinta e melhor. O cristão sente-se impelido por sua esperança, a trabalhar incansavelmente por criar já, agora, dentro possível, isso que sabemos já encontrar-se na história humana como possibilidade prometida por Deus: uma sociedade realizada no amor, na justiça e no perdão. A esperança cristã deve contradizer hoje, de maneira particular, essa utilização pragmática da técnica que atende apenas a eficácia e o rendimento, descartando qualquer outra consideração sobre a dignidade humana como irrelevante e sem interesse. Pode-se programar o futuro de outra maneira; pode-se dar um "rosto mais humano" ao progresso.
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